2.5.10

jj

ímpar foi o nome do espetáculo que fui assistir agora no sesc copacabana. tão bom orientar o olho através dos corpos (perfeitos como sempre) e das luzes, a dança é preciosa em nos proporcionar isso. evoluir na plenitude.
unidade do tempo, não. fragmento? o que pode ser único no tempo, nada. quanto isso, isso, isso. outro, de novo, ligado, mas também, porém. enquanto isso.
gostei das pausas entre uma coreografia e outra, e a volta da mesma situação minutos depois. senti uma afobação em estar ali mostrando todas as histórias, a necessidade de contar e falar e contar e querer. corta para outro, corta para o mesmo. tinha uma linguagem de edição de cinema, mas era luz.
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falamos de porto alegre e sempre da (in)segurança que a cidade nos causa e mais uma vez, acabo sempre falando e cada vez mais, o rio apesar do caos é uma cidade organizada na sua vida urbana. vc pega ônibus a qualquer hora nos bairros da cidade e caminha e chega em casa. passa por muitos outros ônibus, carros e vans. desce algumas quadras de casa como eu hj a 6 quadras de casa e vai caminhando. tem boteco, padaria, posto de gasolina, boate, cachorro quente, casa de sucos, ponto de ônibus, farmácia abertos, isso foi as 23h30, de um dia de feriado. eu cuidava as pessoas que estavam na rua e elas me cuidavam, estamos na mesma: vivendo a proporção que a cidade nos oferece, lazer público-prazer privado.
não deixo de caminhar nunca em porto alegre, adoro, ou em qualquer outra cidade, mas lá são raras as pessoas para me cuidar e eu delas, mas eu não desisto. ainda acho que a 24 de outubro e a independência terão letreiros luminosos e senhorinhas andando na rua as 20h, 24h.

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